Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética. Che Guevara

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As chamas azuis da fogueira na beira do mar iluminam os dois corpos juntos deitados na areia. A mão forte dele segura os delicados dedos com esmalte negro descascado, enquanto o rosto dela deleita-se no peito dele. Estão entre dois violões, suas ferramentas para demonstrar o amor que um sente pelo outro. Naquele momento, naquela noite, nada mais importa, a não ser os olhos castanhos dela refletindo o brilho das estrelas ou o batimento irregular do coração dele. Tudo o que almejavam era o corpo um do outro, os lábios um do outro. Tinham toda uma vida pela frente, juntos. E aproveitavam cada segundo juntos, afinal nunca se sabe o que pode acontecer. Viviam pela música, pelo amor e por eles dois. Enquanto a lua cheia e as estrelas iam dando lugar a um céu laranja e ao sol, ela acordou e se sentou. Ficou a ver o nascer de um novo dia. Pegou seu violão e começou a cantar Here comes the sun, só para si e para o lindo nascente, esquecendo daquele ao seu lado. Até que houve um segundo violão e uma voz suave cantando junto com ela. Após o final do ultimo acorde, ficaram olhando um nos olhos do outro e cantando. Até o sol estar a pino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário