Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética. Che Guevara

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Baile de Máscaras

Nunca gostei de festas, mas minhas amigas me convenceram a ir no "Baile de Máscaras", o envento mais refinado de nossa cidadezinha insignificante. Chegando à festa, um garoto em especial chamou minha atenção. Fiquei observando-o, e, surpresa, percebi que ele me olhava sorrindo.
Quando começou a tocar música lenta, fui logo me sentando. Pois além de não ter par, nunca soube dançar. Fique olhando para a pista, para minhas amigas e seus respectivos encontros, en logo, meu observador apareceu no meu campo de visão, caminhando em minha direção. Ele apenas fez um gesto: Ofereceu sua mão. Não sei o que me deu, e pus minha mão acima da dele com a palma virada para baixo. Sem tirar seus olhos dos meus, abaixou seu rosto e beijou minha mão. E logo, aproximou seu corpo magro, mas aparentemente bastante forte, ao meu, e começou a me guiar, sem tirar seus lindos olhos azuis escuros dos meus. Deus, ele tinha um sorriso e tanto. Nesse momento que pensei: Droga, eu nem sei quem ele é. Por que logo em um Baile de Máscaras, um garoto tão lindo é tão gentil e doce comigo?. Devo ter feito alguma careta, pois ele olhou para mim com uma interrogação nos olhos e com a cabeça levemente inclinada para um lado. Apenas dei um meio sorriso para ele. De repente, ele parou de dançar, pegou minha mão e começou a me guiar para a rua. Quando chegamos, ele parou, pegou meu rosto entre suas mãos e se abaixou para ir de encontro a minha boca. Nossa, ele tinha uma boca muito quente! Ficamos nos beijando por um tempo que pareceu uma eternidade, acho que nunca me cansaria dele. Até que, infelizmente, ele parou, me dei mais um beijo(bem mais curto que o outro), pegou minha mão e beijou-a também, foi caminhando até seu carro. Gritei para ele: Ei! Quem é você?. Ele apenas se virou, deu um meio sorriso em meio da escuridão da rua, e voltou a caminhar. Foi quando percebi que ele havia deixado um pedaço de papel na minha mão, que estava escrito:

Você me conhece muito bem, e me ve boa parte de seu dia. Amanha mesmo nos veremos, talvez você me reconheça. Vou torcer para isto.

Apertei o papel contra meu coração. Senti algo muito especial por ele, algo que nunca senti por algum garoto que conheci em alguma festa. Um sentimento um tanto quanto estranho.

Nunca esperei tanto assim pelo amanhã.

Inspirado em algum tema de redação de agosto oiajsaoijsoaijs

Érica Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário