sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
Prazeres & Fracassos
E ao mesmo tempo tão sozinha
Aqueles gritos não faziam sentido para mim
Aquelas vozes não me diziam mais nada
Meu corpo estava ali
Preso aos seus vícios e pecados
Seus prazeres e fracassos
Minha alma voava longe dali
Procurava abrigo, sem sucesso
Quando alma e corpo se encontraram novamente
Somaram-se as lembranças e arrependimentos
Enquanto a vadia se divertia pisando em cima de si mesma
Escondendo seu sangue em sorrisos falsos
A menina se pegou a chorar sozinha em um canto qualquer
Queria um ombro amigo
Um que ainda não tivesse sido ferido
Cessou a euforia, morreram seus sorrisos em um cigarro
Os sonhos se desfizeram no vento frio a caminho de casa
Agora corpo e alma, de mãos dadas
Sentados na calçada suja
Se segurando um no outro para não caírem.
Cássia Tavares.
Vitima da minha própria estupidez.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Lágrimas Que Criei
Para saborear as lágrimas de ódio em seu rosto
Pensei que queria isso
Buscava em cada fraqueza sua a chance de agir
Aos poucos fui destruindo cada sonho
Cada resquício de esperança que abrigavas em ti
Quando suas primeiras lágrimas finalmente caíram
Algumas deslizando até o chão, outras morrendo entre seus dedos
Entendi que aquele não seria o fim para você
Era apenas um momento de tristeza, que me empenhei a provocar
Logo iria passar
Sem que eu pudesse perceber, lágrimas escaparam dos meus olhos ao perceber as tuas
Tinham aroma de sangue
Meu sangue, que minhas próprias mãos derramaram, cegas de ódio.
Cássia Tavares.
domingo, 11 de julho de 2010
Era uma noite sem luas nem estrelas. O asfalto estava molhado e havia poças d’água no chão. Os postes emitiam uma luz amarelada, deixando a rua com uma aparência sombria. Ouviam-se gritos de longe, porém isto era normal neste bairro. Uma porta é aberta rudemente, e dela saindo uma garota de no máximo 18 anos, com uma aparência cansada e frágil. O cabelo estava desgrenhado e sujo, seus olhos estavam estranhos, avermelhados de um provável uso de drogas e estava estranhamente pálida. Ao descer as escadas da casa, tropeçou em seus próprios pés, rolando até a calçada molhada desencadeando uma crise de choro. De dentro da casa houve um estouro, parecido com uma arma sendo disparada. Ao ouvir isto, a garota levantou-se, e, atônita, começou a fugir, enquanto um homem saia da casa portando uma arma, xingando e chamando-a de volta. Apontou a arma para a garota, puxando o gatilho. O baque de ela caindo ao chão silenciou todo e qualquer barulho do bairro, acabando com a saga da mulher que fugia daquele que um dia a amara.
e.
Pecados
Apaixonei-me por meus vícios
Passei a admirar meus pecados
Perdi-me nesse inferno travestido de paraíso aos olhos distraídos
Não me espere, não posso sair
O fogo já me alcançou, queimou minha alma
Como fará com a sua
Essas luzes, esses sons, essas formas a minha volta estão me matando
Lembro-me de como eram fascinantes na primeira vez
Aproveitei cada segundo, mas preciso correr está acabando
Em que esquina estarei jogada pela manhã?
Onde estarei mendigando pela minha vida?
Como encontrarei meu caminho de volta para casa?
Cássia Tavares.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Amor & Vício
Cássia Tavares.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Queridas Palavras
O que farei se um dia vocês me faltarem?
Quando na ponta de um lápis se negarem a sair?
Se o seu brilho se esvair no tempo, no papel amarelado.
Tenho medo de perdê-las e cair na mesmice.
Para onde vou correr?
O que irá ocupar meus dias em tua ausência?
Gostaria de saber previamente se minha hora de largá-las chegar.
Gostaria de saber se conseguirei apagá-las.
Obrigada queridas amigas!
Por fazerem por mim aquilo que eu não sou capaz, sempre bem dispostas, sem nada pedir.
Farei o possível para honrá-las.
Cássia Tavares.