Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética. Che Guevara

domingo, 16 de janeiro de 2011

            Só lhe restava a camisa preta, aquela do primeiro encontro e a vista linda que tinha da janela do apartamento de Alice. Às vezes bebericava uma lata de coca – que, na verdade, era mais vodka que refrigerante. Cheirava o perfume que ele deixara na camisa, o sentia abraçando-a, sussurrando em seu ouvido sobre a beleza das estrelas e  o via pegando a lagrima que caíra de seu olho com o dedo indicador. Maldita ilusão!, pensou ela, desde o início foi ilusão minha! Sempre fui o brinquedo dele!
            Pegou a garrafa de vodka e virou-a. Enquanto sentia aquela sensação quente e boa descendo por sua garganta, vestiu um jeans qualquer, pegou uma nota de 100 reais e saiu. Com a camisa preta de Fernando – abotoada errada, chinelos de dedos, um coque desajeitado no cabelo loiro, que já estava com a raiz castanha. E tinha um destino certo.

E

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