Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...
Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!
Vinícius de Moraes
Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética. Che Guevara
terça-feira, 12 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Anjo.
A amizade é algo extremamente cômico se for visto por algumas pessoas com um certo senso de humor: pode-se ter uma amizade de anos de idade, pode-se ter passado tudo e mais um pouco com alguém, mas na menor fração de segundo, isso tudo pode sumir, deixando cicatrizes eternas. O que cabe a nós, simples seres humanos? Cabe a nós seguir nosso destino, ou traçar uma briga feia com ele. Eu sempre escolho brigar com o destino, visto que o mesmo não gosta de mim. Se eu seguisse esse desgraçado do destino minha vida seria um saco, pois não teria os amigos que hoje tenho. E se eu não tentar mudar o que há na minha vida agora, o destino me passará a perna, e a queda será horrível.
Há momentos e momentos em certas amizades, de vez em quando você olha pra pessoa e chora de felicidade pensando: Poxa, sou amiga da fulana, que maior sorte eu poderia ter?, e dois dias depois pode-se olhar para a mesma pessoa e pensar: Puta merda, onde eu fui me meter?, mas tem algumas pessoas que esse segundo dia não existe. Tem pessoas que estão sempre do seu lado, te defendendo e te dando conselhos ou críticas.
Acho que existem aqueles que uma "força maior" designou, desde vidas passadas, para serem anjo da guarda um do outro, não importanto o que acontecesse. Acho que eu tenho um anjo desses, o melhor anjo que qualquer um poderia escolher, e as vezes eu não dou valor. O que eu mereço?, me pergunto, e logo vem o medo: e se essa tal "força maior" me tirar meu anjo? O que será de meu futuro planejado ao lado de meu amado anjo?
Por todos esses medos, eu luto contra a minha própria estupidez, e diversas vezes contra a estupidez do anjo mesmo, até por que os anjos também erram não?
Espero ser para o meu anjo o que meu anjo é para mim. Um Tudo.
Há momentos e momentos em certas amizades, de vez em quando você olha pra pessoa e chora de felicidade pensando: Poxa, sou amiga da fulana, que maior sorte eu poderia ter?, e dois dias depois pode-se olhar para a mesma pessoa e pensar: Puta merda, onde eu fui me meter?, mas tem algumas pessoas que esse segundo dia não existe. Tem pessoas que estão sempre do seu lado, te defendendo e te dando conselhos ou críticas.
Acho que existem aqueles que uma "força maior" designou, desde vidas passadas, para serem anjo da guarda um do outro, não importanto o que acontecesse. Acho que eu tenho um anjo desses, o melhor anjo que qualquer um poderia escolher, e as vezes eu não dou valor. O que eu mereço?, me pergunto, e logo vem o medo: e se essa tal "força maior" me tirar meu anjo? O que será de meu futuro planejado ao lado de meu amado anjo?
Por todos esses medos, eu luto contra a minha própria estupidez, e diversas vezes contra a estupidez do anjo mesmo, até por que os anjos também erram não?
Espero ser para o meu anjo o que meu anjo é para mim. Um Tudo.
érica.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Desencontros ...
Todos nós buscamos nosso ponto de equilíbrio em meio a essa correria, a esses desencontros, desilusões, perdas e conquistas. Por vezes buscamos salvação em uma arte, a literatura, a música, o cinema. Enfim. Algo que nos ajude a fugir do mundo, que nos de a sensação de liberdade, que traga às nossas vidas as emoções que se esvaem nas ruas frias. Por outras encontramos aquela pessoa especial, um amigo, um familiar ou um amante. Todos temos aquelas pessoas que com uma simples conversa são capazes de te livrar de toda a tristeza e angustia, que com um simples sorriso aliviam toda a dor que lhe aflige. Aquelas pessoas, que parecem escolhidas a dedo e lapidadas no tempo e que o mais puro acaso se encarregou de trazê-las. Aquela pessoa que todos os lugares que você visita se lembra dela, se encontra um disco ou um livro legal logo fica divagando sobre qual seria a opinião dela a respeito daquele trecho ou daquela faixa. Se passa algo legal na TV fica morrendo de vontade de correr até o telefone e comentar qualquer bobagem. É o primeiro telefone que lhe vem a mente quando surge qualquer novidade, boa, ruim, irrelevante. Quando você tenta resumir a sua história esse nome vem antes mesmo do seu, parece sempre ter estado ali, bem ao seu lado, mesmo antes de existirem. Por maiores que sejam nossos esforços em manter os pés no chão, em não esperar nada além, somente viver o momento, quando entregamos nosso coração a uma relação é inevitável sonhar. Quando o sentimento seja ele qual for, é muito forte, ou por medo não nos envolvemos, ou nos jogamos por completo, com cada célula do nosso corpo. Dedicamos cada dia alimentando a ilusão de um ‘para sempre’. Qualquer pessoa que me conheça um pouco sabe perfeitamente que não creio em relações eternas, em promessas de final feliz. Eu tive medo, muitas vezes tentei me convencer de que me bastava sozinha temendo a despedida. Mas jamais saberia dizer o que é amizade, doação, intimidade, confiança se não tivesse me entregue a isso. O mesmo acaso que nos traz grandes pessoas, nos proporciona alegrias imensas e constrói laços fortíssimos, em questão de segundos pode levar tudo embora. Deixando apenas marcas, lindas e doloridas. As vezes culpa do destino ou infelicidade dos envolvidos. O que mais dói é quando não há explicação. Sem culpados, sem perdões, nada de erros ou acertos. Como concertar algo que simplesmente se perdeu e ninguém sabe onde? De fato todas as relações se desgastam. Eu erro, não pouco, mas diante de algumas pessoas meu orgulho deixa de existir e eu passo a sentir prazer em me desculpar, em ceder, em lutar para manter aquilo que eu amo. Não digo isso como altruísmo, provavelmente seja mais por dependência, por reconhecer que não sou nada sem algumas pessoas, por medo de sofrer ainda mais em suas ausências. Eu não quero me acostumar a viver sem elas, mesmo que isso doa menos no final das contas, eu seria uma pessoa vazia, minha vida não teria sentido. Pode ser impressão minha mas algumas coisas parecem tão diferentes, creio não estar tão enganada pois sempre com um olhar eu sabia exatamente o que ela queria me dizer e sei que ela também sempre me entendeu com poucas palavras mesmo quando estas não eram verdadeiras. Não sei se a pessoa para qual eu escrevi isso vai entender o que eu quis dizer ou mesmo vai ler até o final. Também não sei o que esperar disso. Queria somente escrever e ver qual será a reação dessa pessoa, se é que haverá alguma. Queria ao menos saber se a distância que eu sinto é verdadeira, entender o que aconteceu, para poder voltar a pensar no futuro, no meu ou no nosso futuro.
Cássia Tavares.
Cássia Tavares.
domingo, 3 de outubro de 2010
Tudo o que foi dito foi apagado pelo vento que soprava, os beijos dados já não importavam mais. Toda a conversa de amar para sempre era pura tolice, ingenuidade. Eles nunca mais teriam um ao outro, nunca mais iriam falar "Eu te amo" ou nunca mais fugiriam no meio da madrugada para a praia. As lágrimas derramadas por ela ou os xingamentos ditos por ele foram esquecidos pelo tempo transformando toda aquela história em uma espécie de filme mudo. Até por que, daqui alguns anos as imagens serão só borrões na memoria de duas pessoas que, agora, são estranhas um para o outro. O que sobrou foram as fotografias cortadas e queimadas, os ingressos de cinema, as notas do bar favorito, as chapinhas de cerveja divididas enquanto matavam aula, a cicatriz do pacto de sangue. Mas, hoje, nada disso importa mais, foi apenas uma tolice da adolescência.
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